POLÊMICA

Diretor da Secretaria de Cultura de Belém é exonerado após postar vídeo se tatuando em palacete histórico tombado

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A Prefeitura de Belém exonerou o diretor da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult), Anderson Reis, após a publicação nas redes sociais de um vídeo em que ele aparece sendo tatuado dentro do Palacete Bolonha, museu-casa tombado e símbolo da Belle Époque na capital.

A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Município na tarde desta quarta-feira (22).

O vídeo traz a legenda “tatuei em um palacete histórico”. Na cena, Anderson Reis aparece sem camisa e sentado em uma cadeira, enquanto é tatuado. A postagem provocou reação de internautas e profissionais da cultura. Diante da polêmica, a Prefeitura de Belém anunciou a exoneração do diretor. A dispensa será publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (22).

O tatuador se pronunciou e em um vídeo postado nas redes, disse que as poltronas usadas não pertenciam ao Palacete Bolonha.

O Palacete Bolonha foi erguido no início do século XX pelo engenheiro e arquiteto Francisco Bolonha e é um dos símbolos da Belle Époque de Belém , que corresponde ao período do ciclo da borracha (fim do séc. XIX e começo do XX) em que a cidade viveu modernização acelerada e forte influência europeia na arquitetura. Tombado e integrado ao Memorial dos Povos, o prédio passou por restauração completa entregue em 28 de dezembro de 2020.

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Em nota, a Prefeitura afirmou repudiar “qualquer conduta incompatível com o serviço público”. O Palacete Bolonha integra o Memorial dos Povos e passou por restauração recente. A gestão não informou se houve dano ao acervo.

A Semcult é o órgão responsável pela política cultural da capital, que se prepara para receber a COP30 em novembro, e informou que adotará medidas internas após o episódio. O ex-diretor não se manifestou até a última atualização desta reportagem.

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Moradores se juntam para asfaltar trecho de rua, em Mosqueiro, ilha de Belém; obra custou quase R$ 200 mil

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Moradores da ilha de Mosqueiro, distrito de Belém, decidiram pagar do próprio bolso o asfaltamento de um trecho da rua Variante, após anos de espera por obras públicas. A iniciativa envolveu um investimento de cerca de R$ 200 mil, que cobriu não apenas o asfalto, mas também a compra de areia e a execução dos serviços de terraplanagem.

O trecho asfaltado no dia 15 deste mês, fica entre a Rua Nova, esquina com a Escola Municipal Anna Barreau, e a rua Paul Ledoux. A iniciativa transformou o pequeno trecho, mas, segundo os moradores, a situação da parte que ficou sem pavimento é ainda mais crítica.

“Compramos o material e mandamos asfaltar da Rua Nova até a passagem Paul Ledoux. O restante, até o Igarapé Igaracoco, não foi feito. Inclusive, a situação da rua, mais pra frente, está muito pior do que era aqui”, contou um morador que vive na rua há mais de dez anos.

Ainda segundo o morador, o trecho nunca havia recebido asfalto. O único asfalto que existia na Variante era apenas da Rodovia Augusto Meira Filho, conhecida como PA-391, até a Escola Anna Barreau, um trecho antigo e deteriorado, próximo a um supermercado.

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“O trecho nunca havia sido asfaltado. Já colocaram várias vezes placas dizendo que iria ser asfaltado, com valores de mais de R$ 500 mil, R$ 800 mil, mas nunca tiravam do papel. As placas ficavam dois, três dias e depois sumiam”, relatou.

Ele também contou que existe um projeto antigo de asfalto na área, envolvendo a construção de uma ponte para ligar o trecho ao outro lado da Variante, com acesso aos bairros São Francisco e Carananduba, mas as obras nunca começaram.

Em nota ao g1, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), informou que a obra de asfaltamento foi realizada por particulares, sem comunicação prévia ou autorização formal dos órgãos municipais competentes. E disse “que intervenções em vias públicas devem, obrigatoriamente, ser previamente autorizadas, a fim de garantir o cumprimento das normas técnicas, de segurança e de planejamento urbano, evitando riscos estruturais e prejuízos à coletividade.”

Já os moradores afirmam que, antes de realizar o serviço, pediram autorização da prefeitura.

“Não fizemos nada sem pedir permissão, sem ter documentos ou sem ter sido autorizados. Se fosse autorizado, faríamos. Se não, não faríamos. Foi feito porque havia autorização”, relataram.

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Além da pavimentação, os moradores também reclamam da falta de saneamento básico e infraestrutura. “Hoje a gente entende que o asfalto é o mínimo pra conseguir transitar de forma digna. Aqui era muito buraco, muita lama. Esse asfalto foi feito da maneira que dava, dentro do orçamento, das coletas que a gente fez. Mas se for parar para pensar, a gente não tem saneamento, não tem esgoto, não tem escoamento de água”, completou.

A melhoria, porém, já trouxe impactos visíveis para os moradores, incluindo a facilidade e agilidade para realização de trabalhos.

“Agora, com relação a quanto melhorou, é notório. Não temos mais buracos, não temos mais lama, a velocidade em que as coisas fluem para nossos entregadores melhorou muito. Antes, perdíamos tempo desviando de buracos até chegar no asfalto; agora tudo para fazer nosso trabalho agilizou demais. Essa pequena agilidade que conseguimos vai refletir nas entregas, e nosso carro vai durar mais, porque antes vivia na oficina. É uma melhoria gigantesca para todos”, avaliou o morador.

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