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ABIEC destaca sustentabilidade e investimentos estrangeiros como pilares para o futuro da pecuária brasileira

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Pecuária sustentável é chave para aumento de produtividade no Brasil

O diretor de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Fernando Sampaio, afirmou que o investimento em tecnologia nas criações de pequeno e médio porte representa uma oportunidade concreta para ampliar a produtividade da pecuária nacional e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de carbono do setor.

Durante sua participação no Global Halal Business Forum 2025, realizado nesta segunda-feira (27), em São Paulo, Sampaio destacou que o foco atual do setor está na chamada “base da pirâmide” — os produtores de menor porte, que necessitam de assistência técnica e capital para alcançar maior eficiência.

“Existe uma oportunidade muito grande de aumentar a produção simplesmente melhorando a produtividade dos nossos produtores. A pecuária brasileira é composta majoritariamente por pequenos e médios pecuaristas, e são eles que precisam de apoio para avançar”, afirmou o executivo.

Brasil reduz área de pasto e avança em produtividade sustentável

Sampaio ressaltou que o Brasil tem evoluído de forma consistente na produtividade pecuária, conseguindo produzir mais carne bovina com menos área ocupada. Segundo ele, essa transformação está diretamente ligada à demanda internacional por alimentos sustentáveis e à expectativa crescente de compradores estrangeiros.

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O dirigente destacou que as práticas sustentáveis, além de contribuírem para a preservação ambiental, fortalecem a competitividade da carne brasileira nos mercados internacionais.

Rastreabilidade e controles seguem como desafios estruturais

Apesar dos avanços, o diretor da ABIEC reconheceu que a rastreabilidade ainda é um ponto sensível na cadeia da carne. Desde 2009, a indústria tem implementado mecanismos para garantir a origem e o controle sanitário dos animais, mas nem todos os compradores reconhecem o valor das empresas que estão à frente dessa transformação.

“Ainda há desafios importantes na rastreabilidade. Embora os controles existam, o mercado internacional nem sempre valoriza os produtores e frigoríficos que estão realmente comprometidos com essa causa”, explicou Sampaio.

Segurança alimentar e crise climática dominam o debate global

O executivo reforçou que a segurança alimentar e a crise climática são dois dos maiores desafios mundiais e defendeu o fortalecimento da parceria entre o Brasil e os países de maioria muçulmana na promoção de uma agropecuária sustentável.

“Precisamos atrair investimentos do mundo islâmico para impulsionar uma pecuária sustentável no Brasil, capaz de reduzir emissões, mitigar impactos ambientais e garantir o fornecimento de alimentos saudáveis e sustentáveis para milhões de pessoas”, afirmou Sampaio.

Iniciativas brasileiras ganham destaque em fóruns internacionais

Sampaio também celebrou a decisão do Brasil de apresentar, durante a COP 30, em Belém, a proposta de criação do Fundo Tropical Forest Forever Facility (“Fundos de Florestas Tropicais Eternas”, em tradução livre). A iniciativa visa remunerar produtores rurais que conservam áreas de floresta em países tropicais.

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O diretor da ABIEC também elogiou o Programa Caminho Verde Brasil, lançado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que tem como meta recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas com foco em práticas regenerativas e conservação do solo.

Investimento estrangeiro é essencial para o futuro do setor

Para Sampaio, garantir a entrada de investimentos internacionais é essencial para que o Brasil consolide sua liderança na pecuária sustentável e assegure o fornecimento de proteína de qualidade em escala global.

“Viabilizar capital estrangeiro na agropecuária brasileira é um passo decisivo para garantir a segurança alimentar e atender à crescente demanda mundial por alimentos sustentáveis”, concluiu.

O Global Halal Business Forum 2025 é uma realização da Câmara Árabe-Brasileira e da Fambras Halal, com patrocínio de empresas como MBRF (Marfrig/BRF), Modon, Seara Alimentos, Eco Halal, Emirates, Grupo MHE9, Prime Company, Carapreta Carnes Nobres e SGS.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Exportações de café ultrapassam US$ 1,28 bilhão em outubro, com alta no preço médio e queda no volume embarcado

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Faturamento com café não torrado passa de US$ 1,28 bilhão em outubro

O faturamento total das exportações de café não torrado atingiu US$ 1,285 bilhão nos 18 dias úteis de outubro de 2025, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta terça-feira (28). No mesmo período do ano anterior, o total havia sido de US$ 1,307 bilhão, considerando 22 dias úteis.

Apesar da leve redução no volume total embarcado, o desempenho médio diário apresentou crescimento expressivo. Em outubro de 2025, a receita média por dia útil foi de US$ 71,394 milhões, avanço de 20,1% em relação à média de US$ 59,447 milhões registrada em outubro de 2024.

Volume exportado cai, mas valor do grão tem forte valorização

O volume total exportado de café não torrado na quarta semana de outubro/25 foi de 199,8 mil toneladas, contra 279,2 mil toneladas no mesmo mês do ano anterior. A média diária também apresentou retração de 12,5%, passando de 12,692 mil toneladas (out/24) para 11,100 mil toneladas (out/25).

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Mesmo com a queda no volume, o preço médio do café não torrado teve alta de 37,3% em relação ao mesmo mês de 2024, passando de US$ 4.683,70 para US$ 6.431,90 por tonelada. O movimento reforça a valorização do produto brasileiro no mercado internacional, sustentada pela demanda aquecida e menor oferta global.

Café torrado e derivados também registram crescimento na receita

O desempenho positivo também foi observado nas exportações de café torrado, extratos, essências e concentrados. O volume embarcado nesses 18 dias úteis de outubro/25 somou 8,057 mil toneladas, ligeiramente abaixo das 8,681 mil toneladas embarcadas em outubro/24.

Apesar da leve queda no volume, a média diária avançou 13,4%, alcançando 447 toneladas por dia, contra 394 toneladas no mesmo período do ano anterior.

O faturamento total das exportações de café torrado e derivados chegou a US$ 99,909 milhões, superando os US$ 89,194 milhões de outubro/24. A receita média diária aumentou 36,9%, passando de US$ 4,054 milhões para US$ 5,550 milhões.

Já o preço médio de venda teve valorização de 20,7%, saltando de US$ 10.273,80 em outubro/24 para US$ 12.399,30 em outubro/25, refletindo a forte demanda internacional por cafés industrializados brasileiros, especialmente nos mercados da Europa e da Ásia.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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