ECONOMIA
Discurso do vice-presidente e ministro do MDIC na inauguração do escritório da Embraer em Nova Délhi
ECONOMIA

Senhoras e Senhores,
É uma grande satisfação participar deste momento histórico: a inauguração do escritório da Embraer em Nova Délhi — um marco da presença brasileira na Índia e um símbolo da confiança mútua que une nossas duas grandes democracias.
Brasil e Índia são países-continente, economias criativas e vibrantes, guiadas pela ciência, pela inovação e por uma visão compartilhada de desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Hoje, celebramos o voo de uma parceria que ganha novas asas.
Senhoras e Senhores,
A Embraer chega à Índia como um elo entre duas nações que acreditam no poder transformador da tecnologia, da cooperação e da confiança.
O escritório que inauguramos hoje faz parte de um plano de longo prazo: fortalecer nossa presença industrial no país, expandir equipes locais de engenharia, suprimentos e inovação, e preparar o terreno para novos projetos conjuntos.
Entre esses projetos, destaco o lacordo estratégico entre a Embraer e a Mahindra Defense Systems, que foi assinado durante esta visita.
Esse acordo prevê ações conjuntas para o desenvolvimento e a produção do cargueiro multimissão C-390 Millennium na Índia.
Esse acordo reflete, por um lado, o programa “Make in India”, que estimula a produção local, o adensamento tecnológico e a formação de capacidades nacionais.
Por outra, o acordo consubstancia a política brasileira de Neoindustrialização, que orienta a Nova Indústria Brasil.
Assim como o Make in India busca transformar a Índia em um polo global de tecnologia e manufatura avançada, o Make in Brazil quer reindustrializar o país com inovação, sustentabilidade e inclusão.
São dois projetos irmãos, que convergem em propósito e valores: fortalecer a indústria, gerar empregos de qualidade e promover o desenvolvimento verde e digital.
O C-390 Millennium, orgulho da engenharia brasileira, é uma aeronave de nova geração — versátil, eficiente e já comprovada em missões humanitárias e logísticas em todo o mundo.
A possível aquisição pela Força Aérea Indiana representará não apenas uma vitória comercial, mas um salto estratégico na relação Brasil–Índia, promovendo transferência de tecnologia, geração de empregos e ganhos de soberania para ambos os lados.
Mas nossa parceria vai além da defesa. A aviação civil indiana vive um momento extraordinário de crescimento, e o Brasil acompanha com entusiasmo. Empresas regionais como a Star Air já operam aeronaves da Embraer e novas aquisições estão em negociação.
Ao mesmo tempo, avançam as conversas com o Grupo Tata, que controla grandes companhias aéreas indianas, para a introdução dos E-Jets E2 — aviões reconhecidos mundialmente por sua eficiência energética e baixo custo operacional.
Esses movimentos consolidam o papel da Embraer como parceira natural da Índia em seu projeto de expansão da conectividade aérea, especialmente nas rotas regionais.
O Brasil e a Índia enfrentam desafios semelhantes nesse setor — e é na cooperação regulatória, industrial e tecnológica que encontraremos as melhores soluções.
Senhoras e Senhores,
O futuro da aviação também se desenha com sustentabilidade.
A Eve Air Mobility, empresa da Embraer voltada à mobilidade aérea urbana, já coopera com parceiros indianos para desenvolver operações de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOLs), com voos previstos para iniciar em 2027.
Trata-se de uma nova fronteira tecnológica — e novamente Brasil e Índia estão lado a lado abrindo novos horizontes.
Para terminar, recordo aqui uma poetisa Cecília Meirelles, que em viagem à Índia em 1953, escreveu: “O vento da tarde vem e vai da Índia ao Brasil, e não se cansa.”
Hoje, setenta anos depois, esses ventos continuam a soprar — mas agora levam consigo aeronaves da Embraer nos céus indianos
Que esta parceria continue a voar alto, sustentada pela confiança, pela criatividade e pelo desejo de construir um futuro compartilhado.
Muito obrigado.
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Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

ECONOMIA
Carta de adesão ao Tratado de Budapeste simplifica pedidos de patentes de biotecnologia no Brasil

O Brasil deu mais um passo importante para credenciar biobancos nacionais como autoridades depositárias internacionais (IDAs) de microorganismos e outros materiais biológicos para fins de pedidos de patentes em biotecnologia com o depósito de carta de adesão ao Tratado de Budapeste na segunda-feira (20/10), em Genebra.
A adesão ao tratado permitirá que pesquisadores e empresas depositem material biológico em território nacional, sem a necessidade de enviá-lo ao exterior, o que facilitará e reduzirá os custos envolvidos no processo de depósito de material biológico para patentes de biotecnologia.
A medida busca facilitar o acesso ao sistema internacional de patentes, promovendo o desenvolvimento tecnológico a partir da biodiversidade nacional. Também é considerada essencial para o desenvolvimento da bioindústria nacional e do alcance das metas da Missão 5 da Nova Indústria Brasil, que trata da bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas.
Para o Brasil se tornar o 92º país signatário desse tratado falta apenas a promulgação pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e estabelecimento de regulamentação interna sobre as medidas necessárias para sua implementação, em elaboração pelo Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual (GIPI).
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
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