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CC-Pares faz balanço da Nova Política de EaD

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O Conselho Consultivo para o Aperfeiçoamento dos Processos de Regulação e Supervisão da Educação Superior (CC-Pares) reuniu-se na terça-feira, 21 de outubro, para apresentar um balanço dos processos relativos à implementação das novas regras da Nova Política de Educação a Distância (EaD) para os cursos de graduação.

No total, 5.713 cursos de áreas vedadas para oferta em EaD entraram em processo de extinção, e houve a criação de 5.021 cursos na modalidade semipresencial. De forma a atender a determinação do Decreto nº 12.456/2025 de que a oferta de cursos de graduação em direito, medicina, enfermagem, odontologia e psicologia se dê exclusivamente no formato presencial, foram indeferidos 474 processos anteriores à nova normativa que solicitavam criação de cursos EaD nessas áreas.

Segundo a secretária da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC, Marta Abramo, o acompanhamento do colegiado das ações para implementação da política é fundamental, com destaque para a União Nacional dos Estudantes (UNE): “As mudanças na EaD têm como foco o estudante, e ouvir de vocês é essencial para nossas tomadas de decisões”.

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Entre os processos trazidos pelo decreto, o MEC estabeleceu um novo fluxo para reclamações e representações relativas às instituições de educação superior. O objetivo das mudanças foi centralizar o recebimento de reclamações ou representações no portal de serviços gov.br, evitando múltiplas portas de entrada. Um novo formulário foi desenvolvido com o objetivo de padronizar o recebimento das reclamações, garantindo que dados essenciais estejam presentes desde o início das solicitações, permitindo triagem e análise mais eficazes.

Por meio do novo serviço, é possível relatar deficiências ou indícios de irregularidades no funcionamento de instituições ou cursos de graduação e pós-graduação lato sensu pertencentes ao sistema federal de ensino. O novo fluxo de triagem propõe também uma atuação mais estratégica do MEC, com foco na mediação preliminar entre o solicitante e a instituição, a qualificação das reclamações e o encaminhamento mais efetivo dos processos de supervisão.

Para tanto, foi instituído o Núcleo de Mediação, que, antes da instauração de processo de supervisão, buscará estimular a resolução amigável entre solicitante e instituições de ensino (IES), com apoio da Seres como mediadora. Havendo indícios mínimos de irregularidade ou deficiência em cursos ou IES, a Seres iniciará o processo de supervisão.

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Na reunião, ainda foram apresentadas a proposta do ciclo de avaliação por áreas geral da Cine Brasil e a formação de comissões mistas para avaliação in loco por área, além de outros aspectos dos novos instrumentos de avaliação que têm sido formulados.

Assessoria de Comunicação Social, com informações da Seres

Fonte: Ministério da Educação

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G20 Educação destaca primeira infância e valorização docente

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Nesta quarta-feira, 22 de outubro, ocorreu a Reunião de Ministros da Educação do G20, realizada em Skukuza, África do Sul. O encontro, que teve a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, marcou o encerramento da presidência sul-africana no grupo. Os documentos finais resultantes da presidência destacam o compromisso global com a educação infantil inclusiva, equitativa e de qualidade como direito humano fundamental.

O compêndio apresentado como um dos documentos resultantes do Grupo de Trabalho de Educação do bloco compartilha experiências nacionais, boas práticas e programas inspiradores desenvolvidos nos países membros e convidados. O documento aborda as áreas definidas como prioritárias pela presidência sul-africana: a aprendizagem na primeira infância; o reconhecimento mútuo de qualificações acadêmicas e profissionais; e a formação e valorização dos docentes para um mundo em transformação.

A Declaração da Presidência (Chair’s Statement, no termo em inglês), outro resultado do GT, reforça os pontos apresentados no compêndio e será encaminhada à Cúpula de Líderes do G20, em novembro.

“Juntas, essas iniciativas fazem parte de uma agenda mais ampla de formação, dignidade e inclusão.”
Camilo Santana, ministro da Educação

“Juntas, essas iniciativas fazem parte de uma agenda mais ampla de formação, dignidade e inclusão. Uma agenda que se alinha com o nosso compromisso internacional compartilhado para construir uma força de trabalho na educação, que seja capacitada e dedicada à equidade, sustentabilidade e à transformação social”, afirmou Santana. “Apesar das diferenças, trabalhamos com o mesmo propósito: assegurar uma educação de qualidade para todos, garantindo que ninguém seja deixado para trás”, completou, ao parabenizar a condução da presidência sul-africana.

Em sua fala durante a sessão plenária, o ministro ressaltou o compromisso brasileiro com a valorização docente, destacando o Programa Mais Professores para o Brasil, voltado à formação, ao ingresso e à permanência de professores no ensino público. Ele também divulgou a Política Nacional Integrada da Primeira Infância, recentemente lançada, e o empenho do Brasil em avançar nas discussões sobre o reconhecimento internacional de diplomas, em alinhamento com a Convenção Global da Unesco sobre Educação Superior.

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Santana também lembrou que o Brasil encerrou sua presidência no G20 em 2024 com a produção de três importantes documentos que reforçam a relevância do diálogo internacional em educação, incluindo o Relatório sobre Educação. Ele pontuou a integração entre a agenda educacional do G20 e a Reunião Global da Unesco (GEM), o que permitiu alinhar esforços para enfrentar desafios comuns. Citou ainda o Relatório Global de Educação de 2024, lançado em Fortaleza, que mostra avanços no acesso escolar, mas alerta que 251 milhões de crianças ainda estão fora da escola. Por fim, defendeu a união global em prol da alfabetização na idade certa e do direito à educação para todos.

“Nestes tempos desafiadores, devemos reconhecer mais do que nunca a importância do diálogo e do multilateralismo genuíno. A cooperação internacional é essencial para ampliar o acesso à educação e melhorar sua qualidade e relevância.”, afirmou.

Próximos passos – A Declaração da Presidência sul-africana também aponta diretrizes para o futuro da cooperação educacional, com ênfase em ações conjuntas que assegurem a continuidade dos avanços alcançados. Entre as iniciativas, está o compromisso dos países em construir sistemas educacionais mais preparados para os desafios do século 21, investindo na formação de profissionais aptos a atuar em contextos digitais, multiculturais e em constante transformação.

O documento incentiva, ainda, o desenvolvimento de mecanismos de monitoramento e avaliação compartilhados, capazes de acompanhar o progresso das metas estabelecidas e fortalecer o intercâmbio de boas práticas entre os membros do grupo. Outro ponto de destaque é a ampliação do diálogo multilateral sobre financiamento sustentável da educação, reconhecendo o papel estratégico dos investimentos públicos e da inovação para garantir o direito à aprendizagem ao longo da vida.

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Compromissos bilaterais e cooperação internacional – A participação brasileira no G20 também incluiu agendas bilaterais e multilaterais realizadas entre os dias 20 e 23 de outubro. Na terça-feira (21), Camilo Santana assinou, em Pretória, um memorando de entendimento com a ministra da Educação Básica da África do Sul, Siviwe Gwarube, que prevê cooperação em políticas educacionais, formação de professores e fortalecimento da alfabetização.

No mesmo dia, o ministro participou da reunião trilateral do IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) e de encontro com o diretor de Educação e Habilidades da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Andreas Schleicher, para tratar de parcerias em avaliação, inovação pedagógica e formação docente. À noite, participou do Diálogo Ministerial da Força-Tarefa de Emprego e Educação do Business 20 (B20), espaço de interlocução entre governos e setor privado sobre políticas para o futuro do trabalho.

Agenda – Encerrando a missão oficial, Santana participará, na quinta-feira (23), do Seminário de Lançamento do Relatório da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) 2024, tradução de Teaching and Learning International Survey, promovido pela OCDE. O evento reunirá ministros de educação de diversos países para debater as tendências globais e locais sobre o desenvolvimento profissional de professores e líderes escolares.

Na ocasião, o ministro Santana apresentará as políticas brasileiras de valorização docente que reforçam a formação dos educadores para o avanço da aprendizagem e a construção de sistemas educacionais resilientes e inclusivos.

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Assessoria de Assuntos Internacionais (AI)

Fonte: Ministério da Educação

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