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Senado debate políticas públicas para primeira infância

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Aconteceu nesta quarta-feira, 22 de outubro, audiência pública organizada pela Comissão de Educação e Cultura do Senado Federal para debater e analisar os avanços nas políticas públicas para a primeira infância de 2020 a 2025. O foco era esclarecer aspectos técnicos, sociais e econômicos sobre o progresso dessas políticas, garantindo participação democrática e ajudando na tomada de decisões pelos parlamentares em pautas relacionadas ao tema.

Representando o Ministério da Educação (MEC), Alexsandro do Nascimento Santos, diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica da Secretaria de Educação Básica (SEB), lembrou que “o presidente Luís Inácio Lula da Silva assinou em agosto o Decreto que instituiu a Política Nacional Integrada da Primeira Infância e essa política foi montada em cinco eixos estruturantes e interministeriais, com um plano de ação com metas muito objetivas para cada um desses eixos, e tudo pode ser monitorado pelo Congresso Nacional, pelo Tribunal de Contas da União e pela sociedade civil organizada”.

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O diretor elencou metas educacionais que compõem a política, destacando que cada estado e cada município deve criar uma instância responsável pela implementação do plano. Outra meta é a elaboração de um protocolo de busca ativa de bebês e crianças que estão fora da creche, especialmente aquelas que estão no Cadastro Único da Assistência Social. “Já no mês que vem será lançado um sistema nacional integrado para gestão de filas de creche e gestão de matrículas, que é uma conquista histórica para a sociedade brasileira”, adiantou Alexsandro.

Além da presidente da Comissão de Educação da casa, senadora Teresa Leitão, e de parlamentares, a audiência pública contou ainda com as presenças de Marina Fragata Chicaro, diretora de Políticas Públicas da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV); e Maria Mostafa, coordenadora da Secretaria Executiva da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI).

PNIPI – A PNIPI foi instituída pelo Decreto nº 12.574/2025 em agosto deste ano. O principal objetivo é integrar, de forma coordenada e intersetorial, as políticas públicas voltadas à primeira infância, contemplando áreas como saúde, educação, assistência social, cultura, direitos humanos, justiça e igualdade racial. A iniciativa conta com cinco eixos: garantia da proteção contra o abuso, o racismo e todas as formas de violência, sob coordenação do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; acesso e permanência na educação infantil com qualidade, coordenado pelo MEC; cuidado integral à saúde da criança, coordenado pelo Ministério da Saúde; proteção e assistência social, sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; e promoção da comunicação com as famílias e responsáveis legais, coordenada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

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Assessoria de Comunicação Social do MEC

Fonte: Ministério da Educação

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G20 Educação destaca primeira infância e valorização docente

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Nesta quarta-feira, 22 de outubro, ocorreu a Reunião de Ministros da Educação do G20, realizada em Skukuza, África do Sul. O encontro, que teve a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, marcou o encerramento da presidência sul-africana no grupo. Os documentos finais resultantes da presidência destacam o compromisso global com a educação infantil inclusiva, equitativa e de qualidade como direito humano fundamental.

O compêndio apresentado como um dos documentos resultantes do Grupo de Trabalho de Educação do bloco compartilha experiências nacionais, boas práticas e programas inspiradores desenvolvidos nos países membros e convidados. O documento aborda as áreas definidas como prioritárias pela presidência sul-africana: a aprendizagem na primeira infância; o reconhecimento mútuo de qualificações acadêmicas e profissionais; e a formação e valorização dos docentes para um mundo em transformação.

A Declaração da Presidência (Chair’s Statement, no termo em inglês), outro resultado do GT, reforça os pontos apresentados no compêndio e será encaminhada à Cúpula de Líderes do G20, em novembro.

“Juntas, essas iniciativas fazem parte de uma agenda mais ampla de formação, dignidade e inclusão.”
Camilo Santana, ministro da Educação

“Juntas, essas iniciativas fazem parte de uma agenda mais ampla de formação, dignidade e inclusão. Uma agenda que se alinha com o nosso compromisso internacional compartilhado para construir uma força de trabalho na educação, que seja capacitada e dedicada à equidade, sustentabilidade e à transformação social”, afirmou Santana. “Apesar das diferenças, trabalhamos com o mesmo propósito: assegurar uma educação de qualidade para todos, garantindo que ninguém seja deixado para trás”, completou, ao parabenizar a condução da presidência sul-africana.

Em sua fala durante a sessão plenária, o ministro ressaltou o compromisso brasileiro com a valorização docente, destacando o Programa Mais Professores para o Brasil, voltado à formação, ao ingresso e à permanência de professores no ensino público. Ele também divulgou a Política Nacional Integrada da Primeira Infância, recentemente lançada, e o empenho do Brasil em avançar nas discussões sobre o reconhecimento internacional de diplomas, em alinhamento com a Convenção Global da Unesco sobre Educação Superior.

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Santana também lembrou que o Brasil encerrou sua presidência no G20 em 2024 com a produção de três importantes documentos que reforçam a relevância do diálogo internacional em educação, incluindo o Relatório sobre Educação. Ele pontuou a integração entre a agenda educacional do G20 e a Reunião Global da Unesco (GEM), o que permitiu alinhar esforços para enfrentar desafios comuns. Citou ainda o Relatório Global de Educação de 2024, lançado em Fortaleza, que mostra avanços no acesso escolar, mas alerta que 251 milhões de crianças ainda estão fora da escola. Por fim, defendeu a união global em prol da alfabetização na idade certa e do direito à educação para todos.

“Nestes tempos desafiadores, devemos reconhecer mais do que nunca a importância do diálogo e do multilateralismo genuíno. A cooperação internacional é essencial para ampliar o acesso à educação e melhorar sua qualidade e relevância.”, afirmou.

Próximos passos – A Declaração da Presidência sul-africana também aponta diretrizes para o futuro da cooperação educacional, com ênfase em ações conjuntas que assegurem a continuidade dos avanços alcançados. Entre as iniciativas, está o compromisso dos países em construir sistemas educacionais mais preparados para os desafios do século 21, investindo na formação de profissionais aptos a atuar em contextos digitais, multiculturais e em constante transformação.

O documento incentiva, ainda, o desenvolvimento de mecanismos de monitoramento e avaliação compartilhados, capazes de acompanhar o progresso das metas estabelecidas e fortalecer o intercâmbio de boas práticas entre os membros do grupo. Outro ponto de destaque é a ampliação do diálogo multilateral sobre financiamento sustentável da educação, reconhecendo o papel estratégico dos investimentos públicos e da inovação para garantir o direito à aprendizagem ao longo da vida.

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Compromissos bilaterais e cooperação internacional – A participação brasileira no G20 também incluiu agendas bilaterais e multilaterais realizadas entre os dias 20 e 23 de outubro. Na terça-feira (21), Camilo Santana assinou, em Pretória, um memorando de entendimento com a ministra da Educação Básica da África do Sul, Siviwe Gwarube, que prevê cooperação em políticas educacionais, formação de professores e fortalecimento da alfabetização.

No mesmo dia, o ministro participou da reunião trilateral do IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) e de encontro com o diretor de Educação e Habilidades da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Andreas Schleicher, para tratar de parcerias em avaliação, inovação pedagógica e formação docente. À noite, participou do Diálogo Ministerial da Força-Tarefa de Emprego e Educação do Business 20 (B20), espaço de interlocução entre governos e setor privado sobre políticas para o futuro do trabalho.

Agenda – Encerrando a missão oficial, Santana participará, na quinta-feira (23), do Seminário de Lançamento do Relatório da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) 2024, tradução de Teaching and Learning International Survey, promovido pela OCDE. O evento reunirá ministros de educação de diversos países para debater as tendências globais e locais sobre o desenvolvimento profissional de professores e líderes escolares.

Na ocasião, o ministro Santana apresentará as políticas brasileiras de valorização docente que reforçam a formação dos educadores para o avanço da aprendizagem e a construção de sistemas educacionais resilientes e inclusivos.

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Assessoria de Assuntos Internacionais (AI)

Fonte: Ministério da Educação

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