REPERCUSSÃO NEGATIVA
COP30: governo do Pará aposta em ‘árvores artificiais’ para ampliar sombras, mas muda nome do projeto após críticas
COP 30

Uma polêmica sobre as obras da COP30 em Belém tomou conta das redes. Para criar áreas sombreadas no futuro Parque Linear da Doca, o governo do Pará instalou plantas trepadeiras sobre material reciclado que imita o formato de árvores, o que gerou críticas de moradores e ambientalistas. Depois da repercussão negativa, o governo trocou o termo originalmente usado na divulgação das obras: “árvores artificiais” foi substituído por “jardins suspensos”.
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Serão instaladas 80 plantas apoiadas em material reciclado no parque e mais cem na Avenida Tamandaré, que fica ao lado. O governo do Pará alega que a solução artificial foi necessária porque a faixa de terra ao longo dos canais é rasa em muitas partes, e as raízes das árvores precisam de profundidade e de espaço lateral para que cresçam saudáveis.
Mas a COP do Povo, uma coalizão de ONGs que organiza eventos paralelos para a conferência, afirma que “centenas de alternativas” poderiam ser feitas. Nas redes sociais, o grupo criticou o “preocupante grau de desconexão com a realidade amazônica” e o desalinhamento com diretrizes dos principais acordos ambientais internacionais.
“O simbolismo de implantar árvores artificiais em uma das regiões mais biodiversas do planeta escancara não só o desprezo pelo conhecimento tradicional e científico sobre o bioma amazônico, mas também a falta de escuta e diálogo com as comunidades locais, ribeirinhas e os povos originários”, ataca a nota.
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Com experiência em projetos de reflorestamento, o engenheiro florestal Salvador Sá criticou a medida e disse que, pelas imagens, as espécies de plantas usadas são exóticas. O governo do Pará afirma que foram usadas espécies nativas brasileiras, adaptadas ao clima.
— A ideia de aproveitar materiais descartados em estruturas para fins paisagísticos é interessante, mas a de fixar ervas ornamentais para simular a copa de árvores é bizarra. Mais ainda se considerarmos que não farão isso numa região desértica, mas na de maior biodiversidade do país — reclamou o especialista, que critica também a sombra insuficiente: — Não contempla mais do que os próprios canteiros.

COP 30
Governador do Pará diz que leitos para COP ainda são um desafio, mas que preços já estão ‘razoáveis’

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse nesta segunda-feira (22) em São Paulo que ainda há “um desafio” para lidar com a alta de preços de hospedagens para a COP30, marcada para novembro em Belém, mas assegurou que a capital paraense adotou medidas para permitir a participação de todos os países interessados.
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“Os preços de hospedagens ainda significam um desafio, porém, com medidas assertivas, com a Defensoria Pública, Ministério Público, Procon, órgãos de controle e fiscalização, esses preços estão chegando dentro do patamar razoável para a alta estação”, disse Barbalho, ao participar do Seminário Brasil Hoje, promovido pelo grupo Esfera Brasil.
O governador destacou o diálogo com a iniciativa privada para o ajustamento dos valores e disse que os preços vêm caindo em razão do aumento da oferta.
“Temos garantidos leitos para todas as 136 delegações que compõem a Conferência das Partes. Todos os países já foram comunicados que entre 10 e 15 quartos estarão disponíveis para todas as delegações”, disse ele.
De acordo com Barbalho, uma das frentes contra as cobranças abusivas é um acompanhamento das plataformas de ofertas de leitos, com a exclusão das ofertas extorsivas. Além disso, os governos estadual e federal têm feito gestões junto aos corpos diplomáticos, oferecendo leitos que possam estar adequados às expectativas e orientando as embaixadas a concluírem a negociação de cerca de 2.340 leitos. Depois disso, as hospedagens ainda livres serão disponibilizadas para outros públicos.
53 mil leitos disponíveis
O governador do Pará disse que Belém atendeu ao pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação à garantia de leitos e com preços dentro da média praticada nas edições anteriores da COP. “Estamos, hoje, com 53 mil leitos disponíveis. Em paralelo, bloqueamos exclusivamente para as 196 nações que são signatárias da Conferência das Partes de 10 a 15 leitos [para cada uma], que foi a demanda solicitada por parte das Nações Unidas.”
Segundo Barbalho, 47 nações já confirmaram presença na conferência e o número cresce diariamente. Ele disse ter a expectativa de “uma participação diplomática maior do que a de Baku”, capital do Azerbaijão, que recebeu a COP29. O governador afirmou que Baku teve a participação de 100 países nas reuniões, com seus delegados.
“Estamos, todos os dias, aumentando a representação”, afirmou Barbalho, prevendo também “uma participação extraordinária da sociedade civil e dos povos originários, que são os verdadeiros protetores da floresta”. Ele considerou que a realização da conferência em um país democrático deve favorecer a presença popular. “Esta COP tem, por um lado, a participação diplomática, mas, certamente, a participação popular engrandece ainda mais a legitimidade do evento”, declarou.
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