RIO AMAZONAS
Emater participa de estudo de combate à escassez de camarão no Marajó
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O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), em Afuá, no Marajó, está participando de um movimento multiinstitucional de investigação conduzido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) sobre a escassez do camarão-amazônico (Macrobrachium amazonicum) no estuário do rio Amazonas.
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Reuniões ao longo de novembro com diversas representações, a exemplo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), são mais uma etapa dos esforços conjuntos que consideram, inclusive, marcos de futuro imediato, como a regulamentação de um período de defeso e assinatura de acordos de cooperação técnica.
De acordo com os especialistas da Emater, o fenômeno de diminuição significativa da quantidade e do tamanho da espécie nos fluxos que entrecortam e banham Afuá vem sendo observado, desde 2021, e já causa prejuízos à socioeconomia das ilhas do município, pois o produto é quem abastece restaurantes de veraneio e o turismo nas praias.
Ano passado, a Emater promoveu o I Fórum de Pesca e Aquicultura de Afuá e a partir de então vem coletando dados empíricos de uma amostra de 12 famílias com um cotidiano de pesca artesanal na Baía do Vieira e nos rios Aningal, Afuá e Piraiaura, dentro dos assentamentos federais Ilha Cajuúna e Charapucu.
O objetivo é contribuir para a formulação de hipóteses, que podem ter relação com mudanças climáticas, em nível planetário, e com tradições predatórias, tais quais o uso de matapis e de viveiros inadequados.
“Nosso atendimento direto e indireto, de apoio à pesca artesanal e de existência ribeirinha, permite-nos monitorar e vivenciar o impacto desses acontecimentos com o camarão. Realizamos, assim, um levantamento de campo. O que a gente entende, a priori, é que algumas ferramentas com espaçamento reduzido, minúsculo, acaba na captura dos ‘juvenis’, e isso influencia na reprodução da espécie”, indica o chefe do escritório local da Emater em Afuá, o engenheiro agrônomo Alfredo Rosas, especialista em Manejo Ambiental de Solos.
O gestor relata que o camarão-da-amazônia é produto de apelo comercial importante em Afuá, porque o consumo é constante e o aproveitamento, é total: “os médios e grandes são vendidos na hora e os pequenos são pré-cozidos. Não há perda nenhuma para o pescador”, explica, com a ressalva do problema estrutural: “entre outras variáveis, capturar camarões juvenis interfere na dinâmica reprodutiva e no estoque natural. Por isso a importância de estudos aprofundados, de envolvimento das instituições públicas e no fortalecimento de políticas públicas para o segmento, a fim de que a cadeia produtiva se mantenha sustentável em curto, médio e longo prazos”, declara.
Soluções
A pescadora Maria Doralice Batista, de 52 anos, conta a história de um sumiço repentino do camarão-da-amazônia no rio Furo Grande, às margens da Ilha Panema, onde vive com o marido, Coraci Barbosa, de 58 anos, e os dois filhos caçulas do casal: José Vicente, de 13 anos, e Caio César, de sete anos: “Nunca tinha acontecido antes. Foi sem explicação. Em 2023 desapareceu e agora, em 2024, voltou, mas menos e mais miúdo. E o pitu [Macrobrachium acanthurus] sumiu e nunca mais voltou”, relembra.
A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Afuá e membro da Colônia de Pescadores e Aquicultores Z-6 atribui a aquecimento global: “A gente não tem certeza, porém, quanto mais quente, menos camarão”, expressa.
Para a liderança, a adaptação de ferramentas, o incentivo à criação da espécie em cativeiro e a conscientização dos pescadores sobre camarões juvenis e com ovas figuram como soluções viáveis: “É tudo uma questão de diálogo, mobilização e de divulgação, porque estamos sofrendo os danos na pele e todo mundo aqui tem entendido que é necessário pensar estratégias para o bem das populações e da natureza”, resume.
Texto de Aline Miranda
Fonte: Governo PA
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Pará sobe no ranking nacional de estados que mais investem em Segurança Pública
A política de investimentos contínuos na seara da Segurança Pública pelo Governo do Estado segue sendo reconhecida nacionalmente. Conforme o último ranking, divulgado pelo Governo Federal, o Pará ocupa o 6º lugar entre estados com a maior taxa de investimentos executados do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), entre 2019 e 2024.
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O monitoramento realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), órgão que também gere os recursos, é atualizado mensalmente. No mais recente, o Pará atingiu 62,15% da execução dos recursos que foram repassados ao fundo nos anos de 2019 a 2023. Do total de valores repassados pelo FNSP nos anos citados, esta porcentagem corresponde a R$ 101.426.593,78 gastos efetivamente via Fundo Estadual de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (FESPDS/PA), entre janeiro de 2019 a 2024.
Só em 2024, o Pará investiu em Segurança Pública por meio do FESPDS um total de R$ 64.990.684,06 em equipamentos, locação de tecnologias, aquisição de materiais, melhorias de qualidade de vida para a tropa, viaturas e aperfeiçoamento de efetivos.
Desde o início do ano, o Pará vem apresentando crescimento no ranking do Governo Federal, avalia o secretário de Segurança Pública e Defesa Social em exercício, Luciano de Oliveira.
“No decorrer do ano de 2024, que se encerra, observamos com muita felicidade a subida desta unidade da Federação, o Estado Pará, no ranking daqueles que executaram verbas disponibilizadas no Fundo Nacional de Segurança Pública. Nesse cenário, nós saímos da 25ª posição para figurar entre os 6 primeiros e ainda com possibilidade de evoluirmos, porque temos muitos processos de aquisição, de investimento em andamento que vão possibilitar essa melhora nesse ranking”, destaca.
Este ano, dentre as principais aquisições estão a de equipamentos de menor potencial ofensivo, dispositivo elétrico neuro incapacitantes (taser), scanners a laser 3D para a Polícia Científica (PCe), embarcações blindadas para o Grupamento Fluvial (GFLU), equipamentos de academia para o Comando Geral da Polícia Militar, a construção da quadra de esportes polivalente do 22º Batalhão da PMPA, em Conceição do Araguaia, viaturas descaracterizadas para a Polícia Civil, quadras poliesportivas para o Corpo de Bombeiros Militar, compra de equipamentos de salvamento e compressores, além de mobílias, equipamentos de informática e cursos.
Esses investimentos refletem principalmente nas quedas da criminalidade, prevenção de crimes e no fortalecimento das instituições.
“As aquisições e investimentos, é importante ressaltar, são decisivos para melhoria das estratégias de enfrentamento à criminalidade. Então com esses recursos, nós temos investimento em tecnologia, em recursos de transporte, como embarcações, veículos blindados. Câmeras corporais, totens. Então, todos esses são exemplos de equipamentos adquiridos com os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, que todos são decisivos para ficarmos cada vez mais robustos no enfrentamento à criminalidade”, apontou Luciano.
Reforço
O Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), instituído no âmbito do Ministério da Justiça, tem o objetivo de apoiar projetos na área de segurança pública e prevenção à violência, enquadrados nas diretrizes do plano nacional de segurança pública. O Pará por meio do FESPDS recebe recursos do FNSP para investir nos órgãos de segurança por meio da modalidade Fundo a Fundo.
Desde a criação do Fundo Estadual, os recursos têm sido fundamentais para aquisições estruturantes para a segurança pública, explica a secretária executiva do FESPDS, delegada Renata Gurgel.
“O Fundo Estadual de Segurança Pública tem uma importância fundamental para a segurança pública do nosso Estado, porque são valores que investimos na segurança pública, independente da arrecadação do tesouro do estado. Então, são valores vultosos que nós podemos incrementar em muito a nossa segurança pública, independente da arrecadação do Estado”, afirmou.
O Fundo Estadual foi instituído por meio de legislação sancionada pelo governador do Estado, Helder Barbalho, em novembro de 2019. Com a criação, o Pará, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) ficou apto a receber recursos com vistas ao financiamento do MJSP.
Fonte: Governo PA
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