Após retornar ao comando da Prefeitura de Muaná, no Arquipélago do Marajó, o prefeito Marcos Paulo Barbosa Pantoja, conhecido como Birizinho (PSD), afirmou ter encontrado a “Casa arrumada” após os três meses em que ficou afastado do cargo junto com seu vice, Gilmar Nunes Vale (PSDB), por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA).

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O retorno ocorreu no dia 26 de setembro, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspender a eleição suplementar marcada para 5 de outubro e determinar a recondução de Birizinho e Gilmar aos cargos de prefeito e vice-prefeito do município.

Segundo o gestor, não houve prejuízos à administração pública durante o período de afastamento, já que a presidência da Câmara Municipal, exercida por Bruno do Salmista, conduziu os trabalhos de forma organizada.

“O planejamento junto à equipe de trabalho sempre foi continuar trabalhando pela população, juntamente com o ex-prefeito Biri Magalhães. Esse trabalho foi continuado pelo presidente Bruno do Salmista, que conduziu esses três meses. Quando retornamos, a Casa estava arrumada. Agora é trabalhar firme junto com nosso secretariado para que possamos continuar trabalhando por toda a população”, disse Birizinho.

O prefeito ressaltou que sempre confiou na Justiça: “Eu sempre acreditei na Justiça; graças a Deus essa decisão mostrou nossa inocência em relação às acusações forjadas no calor da política.”

Sobre a análise do processo no TSE, Birizinho afirmou estar confiante: “Acredito na Justiça, que será mantida a nossa inocência, haja vista que no processo em 1º grau não havia provas e nem fomos escoltados. No dia do ocorrido, nem eu nem o vice estávamos no local, e sim o ex-prefeito, que aparece na filmagem.”

Obras e projetos em andamento

O prefeito garantiu que o afastamento não prejudicou os projetos da gestão e anunciou a entrega de novas obras ainda em outubro. “A população tem confiança na nossa equipe de governo, que não atrapalhou nenhum projeto pelo fato de estarmos unidos em nosso grupo político. Ainda neste mês de outubro, iremos entregar três obras importantes na área da educação: três novas escolas, sendo uma localizada na Ilha Jupatituba; uma creche em tempo integral na comunidade Nossa Senhora de Fátima; e a reforma e ampliação do RAC. As obras não pararam: seguimos com pavimentações em bloquete, o início da construção do CAPS e a creche na entrada da Comandante Armando, que foi repactuada e já está em andamento”, comemorou.

O gestor destacou que os desafios da administração pública são constantes e reforçou a importância das parcerias: “Os desafios diante de uma gestão pública são diários, para que possamos manter obras e serviços. Contamos com parcerias com deputados para garantir medicamentos nos hospitais e postos de saúde, além das parcerias com o governo, para que possamos sempre levar obras para a cidade.”

Birizinho concluiu destacando o compromisso com o desenvolvimento do município: “Vamos continuar trabalhando firme e forte pelo desenvolvimento de Muaná. Essa é a verdadeira continuidade de pessoas sérias e compromissadas com o povo, em busca de dias melhores.”

Entenda o caso

As eleições suplementares em Muaná, previstas para 5 de outubro, foram suspensas por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida atendeu a pedido de tutela antecipada com efeito suspensivo aos recursos especiais interpostos por Marcos Paulo (Birizinho) e seu vice, Gilmar Nunes, contra acórdãos do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) que haviam cassado seus diplomas.

A decisão liminar foi concedida no dia 29 de setembro pela ministra Isabel Gallotti e determinou:

• Suspensão das eleições suplementares;

• Recondução imediata do prefeito e do vice aos cargos.

Em junho, o TRE-PA havia decidido, por maioria, cassar os diplomas de Birizinho e Gilmar por abuso de poder político e econômico e captação ilícita de sufrágio, além de determinar a realização de novas eleições no município.

Com a decisão do TSE, o processo eleitoral fica paralisado até julgamento definitivo dos recursos.