CONFERÊNCIA ESTADUAL
Conferência do Clima em Belém será a ‘COP das COPs’, diz ministra Marina Silva
COP 30

A capital da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a (COP 30), recebeu, nesta quinta-feira (13) a visita da Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Ela participou da Conferência Estadual de Meio Ambiente, evento promovido pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), como parte da construção de um novo plano nacional de adaptação climática. Em seu discurso, ao lado do secretário adjunto da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, a ministra destacou o Pará como um dos estados que mais contribuiu regionalmente com a estratégia.
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“Aqui, nós tivemos talvez uma das maiores quantidades de conferências municipais de um estado e por isso quero parabenizar todo mundo que trabalhou, agradeço também a todos os delegados e delegadas que estão trabalhando nessa conferência, sei que vocês deram prioridade para educação ambiental e à justiça climática”, informou Marina Silva ao se referir às pessoas que irão representar o Pará em Brasília, durante a etapa nacional da Conferência.
“Muito obrigada ao Governo do Pará e aos delegados. Eu não poderia deixar de vir porque essa é a cidade que vai sediar a COP 30. Essa é a conferência da anfitriã da COP das COPs, da COP da implementação. A COP não é festa, mas é muito trabalho”, enfatizou a ministra.
Desenhada pelo Ministério do Meio Ambiente, a atual estratégia das Conferências de Meio Ambiente faz parte da revisão da Política Nacional sobre Mudança do Clima, a PNMC e, como os demais países, da elaboração de um novo compromisso a ser apresentado até 2025 perante a Convenção do Clima da ONU, em Belém.
“A sustentabilidade não é só uma maneira de fazer, é uma maneira de ser, é uma mudança no modelo de desenvolvimento, de como a gente pensa o mundo. Já estamos vivendo sob os efeitos da mudança do clima, portanto a nossa responsabilidade é muito grande, porém elas são diferenciadas. Quem pode mais, deve fazer mais”, frisou a ministra.
No Pará, foram realizadas 70 conferências, das quais 61 foram municipais e 9 regionais, abrangendo mais de um município, estratégia adotada pela Semas para abranger o maior número de municípios possível. As propostas de ações pensadas na fase regional estão em plena discussão na Conferência Estadual e 20 serão selecionadas para a etapa nacional.
“Se a gente for olhar de onde surgiu a ideia do SUS, foi de um movimento da sociedade civil, com médicos comprometidos com saúde de qualidade, pensando saúde como um sistema público para atender todas as pessoas e isso foi transformado em uma política pública. E assim foi com as políticas de combate à desigualdade social e poderia aqui citar vários exemplos de luta da sociedade que resultaram em política pública. Na área ambiental, toda política surge primeiro da sociedade, depois que entra para os governos”, explicou Marina Silva.
Rodolpho Zahluth Bastos, adjunto da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, enfatizou o desafio e a oportunidade que o evento proporciona para a construção de políticas públicas.
O secretário adjunto da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, destacou: “Nós temos aí um desafio de espaço democrático, de diferentes grupos de interesse no estado do Pará, para definir quais são as prioridades e propostas que vão colaborar para a elaboração de políticas públicas. Então, a primeira é esse componente inédito, que é a construção de políticas públicas a partir da base local e da população, fazendo propostas para os governos, tanto municipais e estaduais, como o governo da União. Nós temos aí, então, mais de 600 propostas para definir, aqui nos espaços de dois dias e hoje, definir 20 propostas apenas, que serão encaminhadas para a conferência estadual. E, claro, a eleição dos delegados, que são representantes do estado do Pará nessa discussão na conferência que ocorrerá em maio, em Brasília”, explicou.
De acordo com o secretário, a realização do evento no ano da COP 30 é especial pois os resultados das discussões poderão ser apresentados durante o evento em novembro deste ano, na capital paraense. “O resultado das conferências municipais, estaduais e da conferência nacional será apresentado durante a COP aqui, então essas propostas que emanaram dos diferentes territórios do Brasil, da população, eleitas como prioritárias no combate ao enfrentamento das mudanças climáticas, são fundamentais porque serão transformadas em um plano nacional orientativo de políticas públicas do meio ambiente e combate às mudanças climáticas”, reforçou Rodolpho Zahluth.

COP 30
Saiba quais são os 10 principais desafios de hospedagem para a COP 30 em Belém

Faltando menos de 220 dias para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), Belém enfrenta o desafio de abrigar 50 mil visitantes durante o evento, número que pode crescer e encostar em 60 mil. A cidade, junto da região metropolitana, conta com cerca de 24 mil leitos para acomodar os visitantes.
Com os novos empreendimentos em andamento – como hotéis e construções de prédios, por exemplo – a quantidade pode dobrar, mas não há como precisar o número exato, uma vez que os investimentos no setor serão feitos até a chegada do evento à capital.
Em Belém, agências de viagens estão sendo procuradas por empresas multinacionais em busca de acomodações. Mas a dificuldade para encontrar vagas é grande. Nos hotéis, há listas de espera que chegam a mil leitos. Além disso, os valores das diárias assustam e afastam muitos interessados. Saiba quais são os 10 principais desafios de hospedagem para a COP 30 em Belém:
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Déficit de leitos na capital e região metropolitana:
A demanda por hospedagem supera a oferta de leitos disponíveis na rede hoteleira da cidade sede, com isso, é necessário mobilizar mais 26 mil leitos de hospedagem até o evento. Soluções como a utilização de cruzeiros, alojamentos alternativos e a rápida expansão de leitos com a utilização de prédios antigos, escolas e expansão do porto.
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Preços inflacionados e abusivos:
A alta procura por hospedagem levou a um aumento exorbitante nos preços das diárias, tornando as reservas menos acessíveis para alguns viajantes. Na corrida imobiliária em Belém, sites de hospedagens anunciam alguns imóveis de alto padrão por mais de R$ 2 milhões para 11 dias.
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Necessidade de modernização e inovação:
A cidade tem a necessidade de se adaptar a novas tecnologias, como sistemas de gestão hoteleira, e aprimorar a experiência do hóspede com foco em conforto, segurança e serviços. Estes aspectos são fundamentais para a competitividade do setor e maior segurança.
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Investimento em atendimento e gestão de pessoas:
A alta rotatividade de funcionários e a falta de especialização são desafios que precisam ser enfrentados com estratégias de retenção e desenvolvimento profissional. Há também demandas em capacitar profissionais que possam se comunicar em outros idiomas como inglês ou espanhol.
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Equilibrar custos operacionais:
O aumento dos custos de energia, alimentos e mão de obra pressiona a rentabilidade dos hotéis, exigindo a busca por soluções para reduzir despesas e aumentar a eficiência, impactando diretamente na política de preços das hospedagens.
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Mais soluções temporárias:
Maior implementação de soluções temporárias, como hospedagem em contêineres ou adaptações de espaços não convencionais, além de outras estruturas flexíveis com unidades modulares.
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Sustentabilidade:
A crescente preocupação com o meio ambiente, impulsionada pela COP 30, impõe a necessidade de adotar práticas sustentáveis na gestão hoteleira, como a redução do consumo de água e energia. Além de pensar em modelos de construção que atendam aos padrões mais sustentáveis, incorporando o conceito de eco hotel, com espaços sustentáveis cada vez mais procurados por turistas conscientes sobre questões ambientais
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Governança hoteleira:
A modernização da gestão hoteleira, com a utilização de dados e feedbacks dos hóspedes para aprimorar os serviços, é um desafio importante. Em novembro de 2024, o governo do Estado e plataformas de hospedagens online firmaram um acordo para tornar o serviço mais conhecido no Pará. Desde então, incentivos são direcionados para a capacitação do setor, como a promoção de workshops para mostrar como cadastrar as propriedades para serem alugadas.
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Mais parcerias:
É de caráter urgente uma maior colaboração entre hotéis, restaurantes, empresas de transporte e outros estabelecimentos na região para criar uma rede integrada de serviços de hospedagem, com pacotes completos e roteiros alinhados, criando novas oportunidades de negócio.
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Infraestrutura Limitada:
A cidade enfrenta desafios estruturais, incluindo mobilidade urbana e saneamento básico, que podem impactar negativamente a experiência dos visitantes e limitar as possibilidades de turismo na região.
Ação coordenada
Esses desafios exigem planejamento e ações coordenadas entre os governos local, estadual e federal, além da colaboração com o setor privado e a sociedade civil, para assegurar que a COP 30 ocorra de forma eficiente e inclusiva em Belém.
Contando com a presença de aproximadamente 196 países, a conferência das Partes em Belém será uma oportunidade para que o Brasil seja reconhecido globalmente como país comprometido na ação contra as mudanças climáticas.
Dessa forma, a necessidade de investir em infraestrutura de Belém e abrigar is visitantes pode ser desafiadora, considerando que a cidade pode ser o mostruário de como o Brasil promove ações práticas de combate às mudanças climáticas nas suas principais cidades.
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