O professor da Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) em Salvaterra, Alan Paz, foi o grande vencedor do prêmio Destaque Educação 2022 na categoria Inovações Ensino Médio e o terceiro lugar na categoria Professor de Ciências da Natureza: Biologia, Física e Química para educadores do setor público. A premiação foi organizada pelo Educa Week, “o maior evento da educação básica do Brasil”. (Clique aqui e veja todos os vencedores)

– NOTÍCIAS EM TEMPO REAL: participe do grupo do Notícia Marajó no WhatsApp e acompanhe tudo em primeira mão. Inscreva-se aqui no Grupo 1, aqui no Grupo 2, aqui no Grupo 3, aqui no Grupo 4, aqui no Grupo 5, aqui no Grupo 6, aqui no Grupo 7  aqui no Grupo 8,  aqui no grupo 9 ou aqui no grupo 10. Ainda temos o Grupo 1 de Discussão e o Grupo 2 de Discussão.

O evento foi realizado de 10 a 16 de outubro no interior de São Paulo e os vencedores foram anunciados numa live, que esqueceu de mencionar o educador marajoara. Os organizadores apresentaram apenas os primeiros colocados em algumas categorias. A descoberta da conquista foi feita pelo próprio professor, que viu seu nome publicado no site do evento. Na dúvida, ele conferiu com os organizadores e confirmou as vitórias.

“Eu fiquei até surpreso quando eu vi. Eu entrei em contato via whatsapp, pelos comentários dos vídeos que eles postaram, avisando que ele haviam cometido um pequeno erro de não ter anunciado a categoria Inovações Ensino Médio, só que no ensino público, porque tinha uma divisão entre escolas públicas e privadas, e me confirmaram pelo Instagram”, explicou o professor sem esconder o orgulho pela conquista.

Projeto transforma alunos

O professor Alan Paz se inscreveu apresentando como proposta o projeto “O voo do protagonismo estudantil na Ilha de Marajó”, que começou em 2019 fazendo lançamento de foguetes de garrafa pet utilizando vinagre e bicarbonato de sódio. O experimento agradou tanto aos alunos que virou projeto e já faturou mais de 20 medalhas, incluindo ouro, na Mostra Brasileira de Lançamento de Foguetes.

“Esse projeto surgiu da percepção do baixo interesse do alunado em relação à disciplina de física, o que acarretava no afastamento do aluno com o professor e afetaria diretamente na aprendizagem”, revelou.

O projeto apresenta aos alunos conceitos de reaproveitamento de resíduos como a garrafa pet, que aparece aos montes nas praias salvaterrenses, ensina conteúdo de física como cálculo de velocidade média, aceleração, distância percorrida, fatores aerodinâmicos, etc.

Segundo o professor, por meio das oficinas e pesquisas, o projeto aumenta a autonomia dos alunos e serve de base para a iniciação científica.

“Essa prática trouxe um olhar diferente no ensino de física em nossa escola. Praticas como essas denotam o compromisso e o envolvimento que nós temos com a educação pública. E não trazem apenas desenvolvimento de habilidades, trazem transformações sociais, educativas e projetam nossos jovens a espaços, a conhecimentos talvez antes não desenvolvidos”, concluiu.