IPHAN FAZ A CADA 10 ANOS
Revalidação da festividade e devoção a São Sebastião ajuda a manter tradição no Marajó
MARAJÓ
Há uma década, a Festividade do Glorioso São Sebastião, em Cachoeira do Arari, no Arquipélago do Marajó, além da devoção e festividade do santo em todo o Marajó, são patrimônios culturais do Brasil. Os festejos ao santo acontecem há mais de 150 anos, atraindo centenas de visitantes para procissões, ladainhas e danças nos barracões.
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Agora o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) atua nas escutas públicas para a revalidação de todo esse patrimônio cultural do Brasil. A revalidação ajuda a manter a tradição e faz parte de um processo feito pelo Iphan a cada dez anos.
A existência da devoção a São Sebastião na região remonta ao período de colonização e à ação missionária no século XVI. São Sebastião é tido como protetor, advogado e também associado às virtudes do guerreiro.
A imagem de São Sebastião é recorrente nos altares das casas e também das igrejas, e está sempre presente quando há realização das festividades. Esses altares são ornamentados por fitas e flores nas cores do santo: verde, vermelho e branco.
Carlos Alberto Leão, que faz parte da Irmandade dos Devotos do Glorioso São Sebastião, explica que a Festividade do Glorioso São Sebastião, em Cachoeira do Arari, além da devoção e festividade do santo em todo o Marajó, se tornaram patrimônios culturais do Brasil pelo Iphan em 27 de novembro de 2013.
E que a festividade remonta ao tempo do Brasil Colônia. “A gente continua mantendo essa tradição da peregrinação nos campos, que acontece do dia 10 de julho de um ano até o dia 10 de janeiro do ano seguinte. Percorremos em retiros, fazendas, comunidades de Pontas de Pedras, Cachoeira do Arari, Muaná, Santa Cruz, Chaves e, às vezes, uma área que pega em Soure, Salvaterra”, conta Carlos Leão.
O pedido para o registro das celebrações em honra a São Sebastião, tido como protetor e advogado dos marajoaras, foi feito pelo Museu do Marajó, em Cachoeira do Arari, com o apoio da Irmandade do Glorioso São Sebastião e anuência de outros municípios da região.
A festividade simboliza a importância deste santo para o Marajó, despontando como uma das manifestações mais importantes da região.
Revalidação do patrimônio cultural – O Iphan tem feito escutas públicas para a revalidação da festividade. Para Carlos Alberto, a revalidação do título ajuda a manter a tradição.
“A revalidação é, de certa forma, um reconhecimento de que o trabalho que fazemos de salvaguarda está no caminho certo, de que a tradição se mantenha e de que a gente tem feito ações que valorizam a devoção dessa tradição”.
Ele explica, ainda, que é por isso que o Iphan, a cada dez anos, faz esse processo de revalidação.
“Não só para incorporar no material deles novos elementos que tenham surgido nos dez anos, como também para ter um plano de salvaguarda. Agora vamos ter um Comitê Gestor, daí a importância do processo de revalidação”, disse.
Devoção – São muitos os relatos de graças alcançadas por intermédio do Glorioso São Sebastião. A cozinheira e devota do santo, Lídia dos Santos, conta sua experiência de fé e devoção.
“Tenho uma sobrinha que mora no Rio de Janeiro, hoje ela tem 16 anos, teve um nódulo no pescoço, minha irmã fez uma promessa para São Sebastião: caso ela ficasse boa, iríamos pegar o mastro das crianças para agradecer. Até me arrepio falando… e graças a Deus ela ficou boa. De 2017 para 2018, a gente pegou a bandeira do mastro das crianças e fizemos o mastro das crianças”, relata.
Ela lembra que aquele dia foi emocionante para a comunidade, em especial às crianças.
“As crianças carregaram o mastro desde casa, no dia 10 de janeiro, até a porteira para esperar o santo chegar. E da porteira, depois que o santo chega que dá a bênção e segue na procissão, até a igreja, até chegar à praça do mastro. Somos muito gratos a São Sebastião por essa graça alcançada”, agradece.
Programação em Belém – A celebração da fé e da tradição se une à cultura do Marajó na 20ª Peregrinação Anual organizada pela Irmandade dos Devotos do Glorioso São Sebastião (IDGSS), originária do Marajó, que ocorrerá entre 1º de maio e 1º de junho de 2024 em Belém.
O evento, essencial para a preservação das tradições culturais da região do Marajó e de Belém, também faz parte das importantes ações de salvaguarda reconhecidas pelo Iphan em 2013, celebrando as festividades do GSS no Marajó como Patrimônio Cultural do Brasil.
Eventos da peregrinação
Abertura
No dia 1º de maio, a partir das 07h30, o grupo Sancari realizou uma especial cerimônia de homenagem no Terminal Hidroviário de Belém, no Reduto, com a participação de convidados como Renato Rosas, Allan Carvalho e Ronaldo Silva.
Encerramento
A confraternização de encerramento acontecerá no dia 1º de junho, no Casota, na Av. Pedro Álvares Cabral, 6.111, das 10h às 22h. O evento contará com comidas típicas marajoaras, diversas atrações e a participação musical do grupo Sancari, além de sets dos DJs Eduardo, Diego e Gazó, prometendo uma celebração vibrante e repleta de cultura local.
Durante o mês de maio, a imagem peregrina do glorioso São Sebastião e mais cinco foliões, que tocam violão, viola, tambor e triângulo, visitará casas de devotos, igrejas, terreiros, órgãos públicos e entidades parceiras em Belém, levando músicas tradicionais e rezando ladainhas em latim.
Importância cultural
Esta peregrinação é crucial para a revalidação do registro das festividades como patrimônio cultural, a elaboração do plano de salvaguarda e a constituição do Comitê Gestor do Plano, garantindo que as tradições sejam preservadas para as futuras gerações.
* Rainesson Ribeiro é estagiário de Jornalismo, sob supervisão da jornalista Cleide Magalhães.
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Ação da Justiça do Trabalho transforma a vida de moradores do Marajó com serviços e cidadania
Leone da Silva Oliveira, 36 anos, mora em Soure e trabalha com o ramo de caranguejo. Agora em janeiro, no período do defeso, está sem trabalho para sustentar a família e quatro filhos. Ele chegou cedo no Ginásio Municipal de Soure em busca apenas de um documento de identidade, mas acabou encontrando solução para este outro problema e saiu feliz da ação de itinerância.
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“Eu vim trocar a identidade e as senhas já tinham acabado. Mas conversando com o servidor, soube do serviço da Caixa aqui na carreta, ele disse que eu tinha como sacar [o saldo do FGTS] e foi tudo certo”, relatou. No atendimento do TRT-8, Leone descobriu que podia ter acesso ao benefício ao ter em mãos um alvará do juiz do Trabalho autorizando. Com o documento em mãos, ele pôde receber logo ao lado, junto aos atendentes da Caixa Econômica, também parceira nesta ação itinerante.
“Já saio com álvara e o dinheiro no bolso. Estou muito feliz, veio numa boa hora. Deus me abençoou e agradeço a Deus e toda equipe que me atendeu muito bem”, comemorou o morador de Soure. Essa e muitas histórias encontramos durante os três dias de Itinerância na região de Salvaterra e Soure, no Marajó. Só no primeiro dia de atendimento foram mais de 300 pessoas que procuraram os serviços.
Igor Sarmento, juiz do trabalho da 3ª Vara do Macapá, afirma que esses dias no Marajó tem sido uma experiência de muito aprendizado.
“Essa é a minha primeira itinerância, que superou minhas expectativas no sentido positivo. Estou aprendendo muito com as pessoas que estão aqui, que tem muito a nos ensinar com as lições de vida, com resiliência, persistência, e mesmo com todas as dificuldades, as pessoas estão sempre com sorriso no rosto. Isso é gratificante. Eu atendi muitas pessoas, crianças para tirar o documento de identidade e via o sorriso no rosto das crianças de ter a sua cidadania reconhecida, de ser reconhecida pelo Estado”, observa.
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