BELÉM

PARÁ

Governador do Pará representa a Amazônia em painel da ONU sobre liderança do Brasil na agenda climática

Publicados

PARÁ

No evento que discute a implantação de ações concretas para mudar o futuro do planeta, o governador do Pará, Helder Barbalho, participou na tarde desta terça-feira (15) do painel “O Brasil pode ser um líder climático global novamente? O papel da Amazônia nas emissões líquidas zero do Brasil”, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU). O painel é uma das agendas oficiais da 27ª edição da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 27), que ocorre até a próxima sexta-feira (18) na cidade de Sharm El Sheikh, no Egito.

Governador Helder Barbalho durante o painel que discutiu o papel da Amazônia nas emissões líquidas zero do BrasilDados da ONU revelam que o Brasil é o 6º maior emissor de CO2, e a metade do desmatamento registrado no mundo está na Amazônia. O Pará é o estado que mais emite Gases Efeito Estufa (GEE). Por isso, uma ação urgente para reinserir o Brasil na geopolítica climática global foi apresentada durante o painel por diferentes vozes multissetoriais, enfatizando o combate ao desmatamento e a promoção do desenvolvimento sustentável no País.

Participaram como painelistas Andreas Dahl Jørgensen, diretor do NICFI (Norway’s International Climate & Forest Initiative); Ane Alencar, diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam); o governador do Pará e representante do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, Helder Barbalho; Marina Ferro, gerente Executiva do Instituto Ethos, e Renata Piazzon, diretora do Instituto Arapyaú e representante da Concertação Amazônia. 

O governador paraense destacou que o mundo pode esperar um novo momento político e institucional. Momento em que o Brasil apresenta oportunidade singular, consorciando força e boa experiência dos Estados subnacionais, somadas aos esforços que a sociedade civil vem exercendo na agenda do clima, para unir-se ao Governo Federal na construção de uma política coletiva, na qual todos possam efetivamente alçar o Brasil ao protagonismo da agenda climática mundial.

Leia Também:  Escola Estadual Irmã Dulce, em Parauapebas, reforça ensino público da região

Diálogo – “Nos últimos quatro anos, o Consórcio de Governadores da Amazônia Legal experimentou um papel fundamental de construção do diálogo com países, instituições públicas e privadas, que permitiu com que o Brasil não estivesse no isolamento climático, tendo o Consórcio sido um protagonista do diálogo da região Amazônica Brasileira com a agenda climática global”, ressaltou Helder Barbalho.

Essa iniciativa permitiu com que os Governos Subnacionais construíssem suas agendas locais, se apresentando ao mundo, porém sempre priorizando a interlocução com o governo brasileiro. E a partir do novo momento da eleição do novo presidente, a União passou a ter um aliado importante, trazendo o Executivo Federal para o centro das ações de liderança nacional da agenda do clima. 

Helder Barbalho destacou o momento de recuperação da credibilidade política e da liderança global pelo governo brasileiro“O gesto do presidente Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) de aceitar o convite do Consórcio dos Governadores da Amazônia, e fazer da sua primeira viagem internacional a vinda à cúpula do clima em Sharm El Sheikh, reafirma o posicionamento do Brasil para essa agenda. Isto alimenta em todos nós a esperança e a expectativa de que a credibilidade política e a liderança global já experimentadas pelo presidente Lula quando esteve à frente do governo brasileiro, permitirá ao Brasil estar efetivamente construindo as soluções climáticas, se tornando o protagonista central para os temas ambientais”, completou o governador do Pará.

Ainda segundo Helder Barbalho, “a partir disto temos a obrigação de usar deste ativo para apresentar ao mundo um olhar do Brasil para a agenda climática, conciliando ações efetivas de combate às ilegalidades ambientais, de cumprimento das metas de redução e de carbono neutro para o nosso País, e por outro lado atuar nas construções de sustentabilidade que nos permitam conciliar as atividades existentes no Brasil de uso da terra para a transição de economias de baixo carbono e utilização da floresta como um ativo ambiental, seja com a bioeocnomia, seja com sequestro de carbono e utilizações adequadas ao meio ambiente”, finalizou. 

Leia Também:  Deputados aguardam mais detalhes sobre o novo arcabouço fiscal

Race to zero – O Pará aderiu ao acordo de adesão do Estado à campanha Race to Zero (Corrida para o Zero), movimento das Nações Unidas para conter o aquecimento global. O Race to Zero é uma iniciativa global para reunir lideranças com o objetivo de alcançar emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050.

A adesão à campanha da ONU está diretamente alinhada à Política Estadual sobre Mudanças Climáticas (PEMC, Lei Estadual nº 9.048/2020) e ao Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA, instituído pelo Decreto Estadual nº 941/2020). Com o objetivo de mudar o panorama da agenda climática no Estado, o plano está alinhado à Política Estadual sobre Mudanças Climáticas como incentivo a atividades que promovam a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa; prevenção; controle; apresentação de alternativas ao desmatamento e estratégias ambientais, econômicas, financeiras e fiscais para proteção ambiental. As ações devem tornar o Pará um estado “Emissor Líquido Zero” a partir de 2036, 14 anos antes da meta global.

Fonte: Governo PA

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

PARÁ

Emater fortalece acesso de extrativistas de Reserva em Altamira a políticas públicas

Publicados

em

O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Altamira, na Transamazônica, está participando de ações multiinstitucionais para fortalecer o acesso a políticas públicas de famílias que residem na reserva extrativista (resex) Rio Xingu. Especificamente no que tange à Emater, o foco são crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e os mercados governamentais do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

“O trabalho envolve nuances de educação continuada, mobilização, difusão tecnológica, diagnósticos socioculturais, documentação”, resume a engenheira agrônoma da Emater Maria Pigó.

Só em novembro, por exemplo, por meio de um mutirão com parceiros como Defensoria Pública (DPE) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio), a Emater mobilizou e orientou cerca de 250 agricultores de duas comunidades (Baliza e Gabiroto) interagiram com a Emater. 

O deslocamento por rio da equipe da Emater da sede de Altamira até o polo de moradia dos agricultores, através de voadeiras, durou dois dias de ida e dois dias de volta, em um percurso de 190 quilômetros.

Leia Também:  Discordâncias marcam debate sobre novo marco legal para agrotóxicos

Na ocasião, foram elaborados 11 cafs, emitidas 27 carteiras de produtor rural e realizados 14 direcionamentos para atividades em propriedades específicas. 

“Eu acho que foi muito importante, porque são necessidades nossas que estão sendo satisfeitas, como extrativistas e como cidadãos. Com a caf, por exemplo, eu vou começar a vender imediatamente alimentos para a merenda escolar e, ainda, tenho a meta de conseguir recursos pra melhorar nosso sistema de vivência”, planeja Marinês Lopes, de 57 anos, que trabalha com açaí, babaçu e óleos essenciais, entre outras coletas. 

De acordo com especialistas da Emater, a previsão de projeto de crédito para o perfil dos ribeirinhos dali é de R$ 3 mil, em cada contrato individual da linha B do Pronaf, com o apoio do Banco da Amazônia (Basa). O objetivo é estruturar e expandir o extrativismo de produtos da floresta, a exemplo de castanha-do-pará e látex de seringueira. 

Texto de Aline Miranda

Fonte: Governo PA

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CIDADES

PARÁ

POLÍTICA

VARIEDADES

MAIS LIDAS DA SEMANA