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Pará e Amazon lançam a versão 2.1 do SeloVerde e mantêm pioneirismo em agregar tecnologia e desenvolvimento sustentável

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Nesta quinta-feira (4), o Governo Estadual, em parceria com a Amazon e a Amazon Web Services (AWS), lançou a versão 2.1 do SeloVerde-Pará. A plataforma, que contou com financiamento inicial da Climate and Land Use Alliance (CLUA), disponibiliza informações de rastreabilidade da cadeia produtiva da pecuária em todo o território paraense de forma transparente. É a mais atual estratégia de divulgação da situação ambiental das propriedades e sua produção. O lançamento ocorreu no Martens Café, no Mangal das Garças.

O Pará foi o primeiro estado brasileiro a implementar um sistema público com essas informações, ainda em 2021. A criação da plataforma teve cooperação firmada entre o Governo do Pará e o Centro de Inteligência Territorial (CIT), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Gerente-geral da AWS Brasil, Paulo Cunha, reconhece a postura do governo em sempre buscar a tecnologia como aliada e assim, se tornar um modelo positivo para o Brasil e para outros países. “Ela não só é uma iniciativa única, mas passa a ser, a partir de agora, um modelo não só para o país, mas exportável para o mundo. O governo do Pará está de parabéns, junto com a sociedade, de proteger os nossos interesses na Amazônia como, ao mesmo tempo, nós conseguimos ter através da tecnologia um mundo mais conectado, mas ao mesmo tempo capaz de trazer benefícios ao cidadão e ao produtor”, afirmou.

O governador do Pará e presidente do Consórcio da Amazônia Legal (CAL), Helder Barbalho, anunciou que a expectativa é que a rastreabilidade que hoje ocorre com a cadeia da carne possa ser ampliada para outros produtos. “A rastreabilidade é determinante para que nós possamos garantir que o produto de boa origem possa ser competitivo, possa ser reconhecido. E por isso nós criamos o SeloVerde como ferramenta de rastreabilidade da proteína animal e desejamos ampliar o processo de rastreabilidade para outros produtos que estejam vinculados ao uso do solo. Para garantir com que aqueles que estão legalmente estabelecidos possam ter o seu produto certificado e a população que consome, possa saber que está consumindo um produto que respeita o meio ambiente e está sustentável em sua produção”, explicou Helder Barbalho. 

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A Amazon e a AWS também estão financiando a integração do CAR 2.0 à plataforma SeloVerde. O CAR 2.0 é um novo sistema automatizado de registro de propriedades que acelera a validação das informações de autorrelato ambiental de uma propriedade. Ele irá fornecer uma maneira rápida de validar a conformidade ambiental de propriedades rurais – um passo obrigatório para a implementação do programa de regularização do Código Florestal.

“A gente não faz nada sozinho, sem parcerias, sejam elas públicas ou privadas, a gente não vai chegar junto em nosso objetivo, que é reduzir o desmatamento e fazer a transformação da economia do Pará para uma economia de baixo carbono”, afirmou o secretário de meio ambiente e sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida. 

Ainda de acordo com o secretário, a ferramenta impulsiona a economia uma vez que agrega valor ao produto, à agropecuária, a quem produz de forma legal e, em um futuro próximo, pode ser utilizada também para a rastreabilidade madeireira quando for finalizado  o CAR 2.0.

“O SeloVerde cria oportunidade de negócios em outros países, sobretudo na União Europeia, em que a gente tem pouca participação. Hoje, basicamente, a maior parte da venda da agropecuária do Brasil se dá para a China, então a gente abre oportunidade para que a Europa comece a comprar ou a comprar mais, assim como os Estados Unidos. Então, oportunidade e agregação de valor são os instrumentos que vão, a partir da transformação digital que a gente está fazendo, e da rastreabilidade, fazer com que o nosso produto tenha um melhor valor de mercado”, avaliou.

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A programação contou com um painel onde também participaram o representante do  CIT/UFMG, Felipe Nunes e o líder de neutralização de carbono da Amazon, James Mulligan. “Estamos contentes em poder colaborar com o Pará nos planos estaduais, seja os direcionados a pequenos produtores, aos sistemas agroflorestais ou por meio da TNC. Estamos em um caminho experiente e promissor. Isso é só o início que pode ser atingido com a tecnologia. Podemos aumentar a produção, preservar a floresta e com a Inteligência Artificial ter ainda muito mais eficiência”, garantiu Mulligan.  

PEAA– O SeloVerde é crucial para reduzir o desmatamento e mitigar as mudanças climáticas. Ele corrobora para o trabalho colocado em prática por meio do Plano Estadual Amazônia Agora, que é a maior estratégia ambiental paraense que tem como principais objetivos coibir crimes ambientais, promover a regularização ambiental, prover o desenvolvimento social de baixo carbono, além de criar mecanismo para o financiamento de ações que conciliam conservação ambiental, desenvolvimento econômico responsável e justiça social.

Fonte: Governo PA

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Embrapa divulga selecionados ao edital do InovAmaz 2023 no Pará

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Foto: Divulgação

Cinco propostas foram selecionadas na chamada pública de Inovação Aberta para a Amazônia, do Programa InovAmaz 2023, da Embrapa Amazônia Oriental. As cinco finalistas apresentarão suas propostas à cadeia de inovação em bioeconomia, imprensa e agentes financiadores amanhã (12), na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA). O evento conta ainda com um debate com especialistas, apresentação de cases de sucesso e uma degustação de produtos da sociobiodiversidade amazônica.

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Os selecionados foram: a empresa Manioca, com duas propostas: quantificação de compostos cianogênicos na cadeia produtiva de tucupi amarelo e desenvolvimento de processo para reaproveitamento do resíduo da temperagem do tucupi; a ParaOil, propôs a produção de blend de manteiga de cupuaçu com o óleo de andiroba; a AirBee, com o mapeamento da flora alvo meliponícola para crescimento sustentável no estado do Pará; e a Wood Scan, que visa desenvolver um processo de inspeção de tipologia e/ou identificação botânica de espécies de madeiras da Amazônia.

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Soluções em bioeconomia

O InovAmaz 2023 foi o segundo edital de inovação aberta lançado pela Embrapa no Pará e buscava parceiros em todo território nacional, para desenvolver em conjunto, soluções tecnológicas inovadoras com impacto social, ambiental e econômico para o território amazônico.

Para Bruno Giovany de Maria, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, da Embrapa Amazônia Oriental, as propostas, selecionadas a partir de critérios técnicos, têm grande potencial para desenvolver soluções sustentáveis de impacto para a cadeia da bioeconomia regional. Ele explicou que os projetos deverão ser executados no prazo máximo de até 60 meses, após o início oficial do projeto, e de acordo com a fonte financiadora.

“Hoje em dia ninguém faz inovação sozinho, pois as competências estão distribuídas nas mais diversas instituições e nos mais diversos ambientes, assim como na sociedade em geral. Para fazer inovação precisamos entender quais dores e quais as oportunidades reais de mercado. A inovação pode ocorrer de modo econômico, ou um pacto social de impacto ambiental, mas precisa partir de uma intervenção ou da criação de um novo produto, que modifique para melhor a vida das pessoas ou comunidades”, afirmou.

O gestor lembrou ainda que a Amazônia é dona de uma biodiversidade imensa, com potencial inimaginável de oportunidades a partir de micro-organismos, espécies vegetais e animais e que, identificadas, podem gerar insumos, ingredientes para cosméticos, fármacos e outros produtos de alto valor agregado, mantendo a floresta em pé e com benefícios para toda sociedade. “A gente só consegue isso unindo esforços. A Embrapa tem capacidade técnica, infraestrutura, mas precisa de parceiros comerciais para gerar escala e levar as soluções ao mercado, para o dia a dia das pessoas”, enfatiza Bruno Giovany.

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Programação

Durante toda a manhã do dia 12 de dezembro, a Embrapa, parceiros selecionados no edital e diversos atores da cadeia da bioeconomia irão debater e até degustar o potencial da sociobiodiversidade amazônica.

Painéis com especialistas explicam porque ser parceiro da Embrapa é um bom negócio e quais os desafios e oportunidades de se fazer inovação de impacto na Amazônia. E nada melhor do que conhecer experiências inspiradoras de sucesso, para pensar junto como fazer mais e melhor para manter a floresta em pé, gerando renda e benefícios às comunidades e toda a sociedade.

Parceiros como o Sebrae, Fundo JBS, Associação dos Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia (ASSOBIO), Rede Bragantina, Emerge entre outros, já confirmaram presença e compartilham suas experiências nessa jornada de inovação.

O convite à imersão a esse ecossistema de inovação se encerra com o aguçar dos cinco sentidos, com a degustação de produtos que revelam, em cores e sabores, uma pequena mostra das potencialidades da sociobiodiversidade amazônica.

(Texto: Kélem Cabral, da Embrapa)

Confira a programação:

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