ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA

Pará registra redução nos crimes contra a mulher e apresenta 85 municípios sem registro de feminicídio

Publicados

HOME

Foto: Divulgação

Além da redução nos casos de feminicídio, o Estado computou uma diminuição no número de crimes de lesão corporal no âmbito da violência doméstica, apresentando uma queda de 9,79%, quando comparado com os anos de 2024 e 2023. Os dados mostram o resultado positivo e contínuo das ações de conscientização, no acolhimento às vítimas e na resolutividade dos casos por meio de ações e medidas desenvolvidas para proteção às mulheres, como ressalta o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.

“Por meio de programas de incentivo às denúncias, bem como na melhoria do atendimento e na celeridade dos registros de ocorrências, podemos perceber essas reduções, bem como em outras modalidades criminais que envolvem a violência contra a mulher. Isso é fruto de um trabalho constante do governo estadual, por meio dos órgãos de segurança para enfrentarmos esses crimes, com medidas protetivas, de uma maior amplitude nos canais de denúncia, assim como no atendimento especializado, oferecendo maior acolhimento às vítimas, assim como, um atendimento especializado e mais capacitado para essas mulheres”, ressaltou o titular da Segup.

De janeiro a dezembro de 2024, foram registrados 50 casos de feminicídio no Pará, o que representa 12,28% de redução em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram computados 57 casos. Quanto ao crime de lesão corporal, violência doméstica contra a mulher, foram registrados 9.924 casos, considerando o período acima, o que representa uma redução de 9,79% quando comparado a 2023, quando foram registrados 11.002 casos.

Leia Também:  Em Belém, Governo do Pará entrega praça do Arame completamente reconstruída

Proteção e Acolhimento

Em 2022, o Estado lançou o Programa “Pró Mulher Pará”, com ações de proteção, repressão qualificada e orientação para mulheres em situação de violência doméstica, integrando as políticas públicas do Governo para combater a violência contra a mulher no Pará.

O Programa começou na Região Metropolitana de Belém, e hoje abrange 21 municípios, e o Distrito de Mosqueiro prestando atendimento prioritário, de urgência e emergência, após ligações feitas ao 190, recebidas pelo Centro Integrado de Operações (Ciop), vinculado à Segup.

Para a diretora de Políticas de Segurança Pública e Prevenção Social, delegada Ariane Melo, um dos principais eixos de atuação da Segup, são as ações e políticas voltadas à proteção da mulher, que auxiliam na redução dos números divulgados.

“Um dos eixos de atuação prioritário da Segup é o enfrentamento da violência contra a mulher, seja preventiva ou repreensiva. E a partir daí, tem alguns projetos que a própria Secretaria desenvolve, como o Pró Mulher Pará, além da coordenação dos projetos que são desenvolvidos pelas polícias Civil e Militar, dentre outros órgãos do Sistema de Segurança. Todos esses projetos são voltados para a conscientização da população, sejam homens ou mulheres envolvidos nesse tipo de violência, para que possamos trabalhar no sentido de reduzir esse número. A partir do momento que a gente estimula o registro da ocorrência, a solicitação de medidas protetivas, no sentido de evitar que a violência e sua gravidade maior, que é o feminicídio, ocorra. Desta forma, atribuímos todas essas ações que são realizadas, a diminuição dos números relacionados à violência contra a mulher”, pontuou a delegada Ariane Melo.

Pró Mulher 

Por meio do Pró Mulher foi formada uma rede articulada de apoio ao enfrentamento à violência contra às mulheres em cada município atendido. Desde sua criação até dezembro de 2024, já foram realizados mais de 5.400 atendimentos, em 21 localidades. Hoje, integram essa rede de apoio mais de 1.200 agentes de segurança, qualificados e especializados para o atendimento e acolhimento às vítimas, além de 39 viaturas rosas que integram as ações de combate à violência contra a mulher.

Delegacia especializada

As vítimas mulheres contam também com as ações e atendimento da Polícia Civil em 21 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (Deam) que operam no Estado. As Deams de Belém, Ananindeua, Santarém, Castanhal, Marabá e Parauapebas oferecem atendimento nas 24 horas, possibilitando com que as vítimas sejam amparadas em qualquer dia e horário, dando celeridade também às investigações e penalizações dos responsáveis pelos crimes. O Estado disponibiliza ainda a Delegacia Virtual, para que a vítima faça seu registro por meio digital.

Leia Também:  Oficina capacita técnicos do Ideflor-Bio para elaboração de Planos de Manejo participativos

A diretora de Atendimento a Grupos Vulneráveis da Polícia Civil, delegada Adriana Barros Norat, destaca a parceria com outros órgãos para a garantia de um bom atendimento a essas mulheres e o compromisso e dedicação de uma equipe multidisciplinar para prestar esse acolhimento por meio das delegacias especializadas.

“É com grande satisfação que constatamos que esses resultados refletem o compromisso e a dedicação de toda a nossa equipe, que trabalha incansavelmente para garantir a proteção e o acolhimento dessas mulheres. Na DAV, desenvolvemos um trabalho multidisciplinar e integrado, que começa com o registro da ocorrência e se estende ao acompanhamento psicossocial da vítima. Nosso atendimento é pautado na escuta qualificada, no respeito e na empatia, buscando oferecer um ambiente seguro e acolhedor para que a mulher se sinta à vontade para relatar sua situação e buscar ajuda”.

Além disso, trabalhamos em parceria com outros órgãos e instituições da rede de proteção, como o Ministério Público, a Defensoria Pública, os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), para garantir um atendimento integral e coordenado às vítimas. Reforçamos que a voz de cada mulher tem o poder de transformar sua história e a de outras. Ela incentiva a não se silenciarem e a denunciarem, garantindo que a polícia acredita em cada uma e está pronta para proteger e apoiar”, pontuou a delegada Adriana Barros Norat.

Canais de denúncia 

A Segup também incentiva as denúncias por meio de campanhas realizadas em eventos, para reforçar os canais de acesso às vítimas e garantir a devida apuração de vários crimes.

Além do 190 do Ciop, que atende urgência e emergência e direciona o atendimento específico pelo Pró Mulher Pará, há o Disque-Denúncia 181; o WhatsApp (91) 98115-9181, com atendente virtual Iara (Inteligência Artificial Rápida e Anônima), e o aplicativo SOS Maria da Penha, da Polícia Militar, que monitora e fiscaliza o cumprimento das medidas protetivas e de segurança expedidas pela Justiça.

Fonte: Governo PA

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

HOME

Moradores se juntam para asfaltar trecho de rua, em Mosqueiro, ilha de Belém; obra custou quase R$ 200 mil

Publicados

em

Foto: Divulgação

Moradores da ilha de Mosqueiro, distrito de Belém, decidiram pagar do próprio bolso o asfaltamento de um trecho da rua Variante, após anos de espera por obras públicas. A iniciativa envolveu um investimento de cerca de R$ 200 mil, que cobriu não apenas o asfalto, mas também a compra de areia e a execução dos serviços de terraplanagem.

O trecho asfaltado no dia 15 deste mês, fica entre a Rua Nova, esquina com a Escola Municipal Anna Barreau, e a rua Paul Ledoux. A iniciativa transformou o pequeno trecho, mas, segundo os moradores, a situação da parte que ficou sem pavimento é ainda mais crítica.

“Compramos o material e mandamos asfaltar da Rua Nova até a passagem Paul Ledoux. O restante, até o Igarapé Igaracoco, não foi feito. Inclusive, a situação da rua, mais pra frente, está muito pior do que era aqui”, contou um morador que vive na rua há mais de dez anos.

Ainda segundo o morador, o trecho nunca havia recebido asfalto. O único asfalto que existia na Variante era apenas da Rodovia Augusto Meira Filho, conhecida como PA-391, até a Escola Anna Barreau, um trecho antigo e deteriorado, próximo a um supermercado.

Leia Também:  Hospital Regional de Marabá fortalece transparência e excelência com implantação de canais de ouvidoria.

“O trecho nunca havia sido asfaltado. Já colocaram várias vezes placas dizendo que iria ser asfaltado, com valores de mais de R$ 500 mil, R$ 800 mil, mas nunca tiravam do papel. As placas ficavam dois, três dias e depois sumiam”, relatou.

Ele também contou que existe um projeto antigo de asfalto na área, envolvendo a construção de uma ponte para ligar o trecho ao outro lado da Variante, com acesso aos bairros São Francisco e Carananduba, mas as obras nunca começaram.

Em nota ao g1, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), informou que a obra de asfaltamento foi realizada por particulares, sem comunicação prévia ou autorização formal dos órgãos municipais competentes. E disse “que intervenções em vias públicas devem, obrigatoriamente, ser previamente autorizadas, a fim de garantir o cumprimento das normas técnicas, de segurança e de planejamento urbano, evitando riscos estruturais e prejuízos à coletividade.”

Já os moradores afirmam que, antes de realizar o serviço, pediram autorização da prefeitura.

“Não fizemos nada sem pedir permissão, sem ter documentos ou sem ter sido autorizados. Se fosse autorizado, faríamos. Se não, não faríamos. Foi feito porque havia autorização”, relataram.

Leia Também:  Policia Militar prende acusado de esfaquear rival na barriga no Marajó

Além da pavimentação, os moradores também reclamam da falta de saneamento básico e infraestrutura. “Hoje a gente entende que o asfalto é o mínimo pra conseguir transitar de forma digna. Aqui era muito buraco, muita lama. Esse asfalto foi feito da maneira que dava, dentro do orçamento, das coletas que a gente fez. Mas se for parar para pensar, a gente não tem saneamento, não tem esgoto, não tem escoamento de água”, completou.

A melhoria, porém, já trouxe impactos visíveis para os moradores, incluindo a facilidade e agilidade para realização de trabalhos.

“Agora, com relação a quanto melhorou, é notório. Não temos mais buracos, não temos mais lama, a velocidade em que as coisas fluem para nossos entregadores melhorou muito. Antes, perdíamos tempo desviando de buracos até chegar no asfalto; agora tudo para fazer nosso trabalho agilizou demais. Essa pequena agilidade que conseguimos vai refletir nas entregas, e nosso carro vai durar mais, porque antes vivia na oficina. É uma melhoria gigantesca para todos”, avaliou o morador.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CIDADES

PARÁ

POLÍTICA

VARIEDADES

MAIS LIDAS DA SEMANA