O coletivo Manos e Manas Marajoara, formado por artesãos dos municípios de Ponta de Pedras e Curralinho, no arquipélago do Marajó, foi um dos grandes destaques da 4ª edição da Feira Amazônia Criativa, realizada neste domingo (6), no Espaço São José Liberto, em Belém.

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O grupo apresentou uma diversidade de peças artesanais como biojoias, roupas e bolsas produzidas com elementos da cultura marajoara e matéria-prima regional. Para Jaci Garcia, idealizadora do coletivo, a participação no evento é uma oportunidade de dar visibilidade ao trabalho dos artesãos do interior do estado. “Estar aqui representa muito para nós, principalmente pela chance de contar a nossa história por meio do nosso trabalho, gerar renda e valorizar nossa cultura. Somos artesãos com nome, com história, e esse espaço nos proporciona visibilidade, encontros e grandes oportunidades”, destacou.

Ao todo, cerca de 30 empreendedores participaram da feira, comercializando produtos de moda sustentável, circular e autoral. A programação ocorreu no Anfiteatro Coliseu das Artes, das 10h às 15h, e contou com oficinas, exposição de marcas locais, apresentações musicais e venda de comidas típicas.

A iniciativa é promovida pela Casa Circular, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), por meio da Diretoria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (DDCIS). O objetivo é fomentar a economia criativa paraense e fortalecer o trabalho de pequenos empreendedores.

Entre os expositores estavam a artesã Deise Barroso, com bolsas de crochê feitas de materiais reaproveitados, e a marca Paullette Cerqueré, que levou uma linha de cosméticos naturais com bioativos da Amazônia. O evento também contou com a participação de alunos de Moda da Faculdade Estácio e nomes reconhecidos como Lilia Lima, Jomaique, Alcimara Braga e Allyster Fagundes.

“A Feira Amazônia Criativa surge como um movimento dedicado à valorização do design paraense e ao incentivo de uma moda mais responsável, alinhada aos princípios da sustentabilidade e da economia circular”, destacou Sherry Brom Rodrigues, diretora da DDCIS/Sedeme.

Segundo Liliane Obando, turismóloga e cofundadora da Casa Circular, a feira é uma plataforma para fortalecer marcas conscientes. “A proposta é unir práticas sustentáveis com criatividade, promovendo negócios inovadores e um futuro mais ecológico e inclusivo”, afirmou.